Fui vítima de bullying no escritório e decidi ir para academia, até chegar lá e receber olhares maldosos e comentários sarcásticos por conta do meu peso, decidi então aceitar que não tinha mais jeito até reencontrar um antigo amigo que também sofria as mesmas coisas no ensino médio.
Ele me contou que fez nutrição e escreveu um trabalho sobre perda de peso, sério ele estava irreconhecível, foi aí que descobri como pequenas mudanças no meu dia a dia poderiam fazer uma diferença enorme. Ele me falou de algo que, para ser honesta, eu nunca tinha considerado antes: a relação entre a alimentação e o bem-estar emocional. Não era só sobre perder peso, era sobre entender o que estava acontecendo comigo por dentro.
Eu sempre ouvi falar de dietas, de cortar isso ou aquilo, mas ele explicou que, para ele, tudo começou com uma mudança na forma de se enxergar. Ele não seguiu nenhuma dieta milagrosa ou fez algo radical. Na verdade, ele começou a ouvir o corpo dele de uma forma mais gentil. Foi um processo lento, mas ele me disse que foi isso que fez toda a diferença.
Confesso que fiquei meio cética no início. Afinal, sempre achei que o que eu precisava era de algo drástico, rápido, como as revistas ou influenciadores sugeriam. Mas ele me desafiou a tentar uma abordagem diferente, mais compassiva comigo mesma. Ele me passou algumas dicas simples: não cortar alimentos de forma radical, mas sim aprender a escolher melhor, e me ensinou a cozinhar pratos que eu realmente gostava, mas de forma mais saudável.
No começo, foi estranho. Eu estava tão acostumada a ver a comida como uma inimiga, como algo que me fazia mal, que não percebia o quanto ela podia ser uma aliada. E, aos poucos, as coisas começaram a mudar. Não foi só o meu corpo que foi mudando, mas também a minha mente.
A parte mais difícil foi continuar indo para a academia. Todos aqueles olhares julgadores ainda me incomodavam muito, mas comecei a encarar aquilo de outra forma. Meu amigo me incentivou a focar na minha própria jornada, e me lembrar que as pessoas, muitas vezes, projetam suas próprias inseguranças nos outros. ‘Eles não sabem da sua história’, ele dizia.
Com o tempo, fui notando que os comentários maldosos e os olhares desconfortáveis começavam a importar menos. Eu estava lá por mim, e não por eles. Meu corpo começou a responder de forma positiva, sim, mas o mais importante foi o impacto que isso teve na minha autoestima. O que antes parecia uma luta sem fim contra mim mesma, se transformou em um processo de aceitação e cuidado.
Foi uma caminhada longa e cheia de altos e baixos, e ainda tem dias em que a insegurança bate, quando o peso do julgamento volta a aparecer. Mas hoje, eu sei que estou no controle. Meu amigo me ensinou que mudanças verdadeiras não acontecem de um dia para o outro, e que o autocuidado é um exercício diário de paciência e compaixão.
A academia deixou de ser um lugar de sofrimento e passou a ser um espaço onde eu me reconecto comigo mesma. E, curiosamente, alguns dos olhares que antes pareciam me julgar, agora são de curiosidade, talvez até de respeito. Mas, no fundo, isso não importa tanto quanto o fato de que eu finalmente aprendi a me respeitar.
Comecei a preparar minhas refeições e amei o que estava fazendo, passando a comer 4 refeições por dia (Café, almoço, lanche da tarde e jantar).
E quando voltei para o escritório depois das férias estava mais magra e feliz comigo mesma.